Ser escritor não é fácil. E talvez nunca tenha sido.
Sempre me questionei se os grandes autores universais, vividos antes do século XXI, tinham outro trabalho a não ser o de escritor. Hoje, com a velocidade incrível de transporte de informações via internet, há sim aqueles escritores que conseguem vender milhões de livros, ter os direitos da obra comprados por companhias televisivas, etc., e viver dos direitos autorais que recebem pelos mesmos. Mas no passado, com uma velocidade de informação reduzida, acredito que não era assim.
O objetivo deste post - e desta série de posts que inicio aqui, chamada "O Que Eles Faziam?" - é trazer aos leitores curiosidades a respeito dos grandes escritores clássicos universais, no sentido de conhecermos mais sobre o que faziam (no que trabalhavam), além de escrever livros.
A cada post, será mostrado um resumo sobre o que faziam alguns escritores: em quê trabalhavam, onde estudaram, SE estudaram, alguns dos livros mais famosos, onde nasceram, etc.
Para começar esta série de posts, escolherei um autor por país, até que não haja mais autores de diferentes países em minha lista.
Por fim: as informações aqui podem conter erros. Fico totalmente aberto a receber críticas e correções para que eu possa alterar o texto do post. Além disso, as opiniões que coloco aqui são, unicamente, minhas. Elas são o que penso, depois de ter lido bastante sobre cada autor e de ter lido também seus livros. As opiniões divergentes serão muito bem acolhidas, desde que não tenham caráter negativo (palavrões, discursos de ódio, racismo, xenofobia, etc). Como sempre, o objetivo principal do post (e do blog em geral) é divulgar cultura aos leitores!
Neste primeiro post, para que não fique muito grande, irei falar de somente um autor.
1) Machado de Assis (1839 – 1908)
Algumas Obras: Dom Casmurro; Memórias Póstumas de Brás Cubas; O Alienista; Quincas Borba.
Nascido no Morro Do Livramento, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Aos 16 anos, trabalhou como aprendiz de tipógrafo e revisor de imprensa na Imprensa Nacional. Machado não teve diploma superior. Assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas. Trabalhou também em jornais e revistas. Fundou e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Opinião:
Não poderia começar esta lista com outro que não meu autor preferido brasileiro. Machado de Assis foi, além de autor, um grande observador e conhecedor de pessoas e de suas mentes.
Sempre ouvi de meus professores de literatura, de gramática e/ou de redação que Machado é o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Alguns contestam, dizendo que Guimarães Rosa ultrapassou Machado. Bem, eu não consigo colocar minha opinião aqui, porque (vergonha!) nunca li Guimarães.
Mas li Machado. E bastante! E dos autores brasileiros que li, ele foi o que mais me agradou. A linguagem é sim difícil, eu concordo. Mas a criatividade, a carga psicológica e a sutileza irônica que ele usava em seus textos são, para mim, dignas de um gênio. Sempre que termino de ler Machado, penso comigo: esse cara era realmente diferenciado.
Lembro até hoje de como fiquei surpreso depois de ter lido "A Teoria do Medalhão", por exemplo, e de imaginar que Machado poderia estar falando, ali, dos tempos de hoje. O final genial de Dom Casmurro (inspiração para meu livro); a oratória convincente de Brás Cubas; a loucura científica do Dr. Bacamarte, o alienista; a estranha filosofia de Quincas Borba; enfim, todos estes são só alguns dos pontos fortes de Machado, e por isso escolhi começar com este mestre da literatura universal. Sem mais enrolação, vêm aí as informações bem resumidas sobre Machado de Assis.
Ou seja, Machado possuiu, sim, outros trabalhos. Não me arrisco a fazer aqui algum tipo de conclusão pelo fato de estarmos apenas começando!
Até a próxima!